Loanwords - Estrangeirismo
Percepção de palavras em Inglês que fazem parte do nosso cotidiano e que muitas vezes já utilizamos...
SAMBA DO APPROACH
Venha provar meu brunch
saiba que eu tenho approach na hora do lunch eu ando de ferryboat eu tenho savoir-faire meu temperamento é light minha casa é high-tec toda hora rola um insight já fui fã do Jethro Tull hoje me amarro no Slash minha vida agora é cool meu passado é que foi trash fica ligada no link que eu vou confessar my love |
depois do décimo drink
só um bom e velho engov eu tirei o meu green card e fui pra Miami Beach posso não ser pop star mas já sou um noveau-riche eu tenho sex-appeal saca só meu background veloz como Damon Hill tenaz como Fittipaldi não dispenso um happy end quero jogar no dream team de dia um macho man e de noite um drag queen |
Estrangeirismo
O que caracteriza uma língua é a sua gramática e o seu fundo léxico comum. E o que vem a ser esse fundo?
A base que sustenta o léxico de uma língua é denominada fundo léxico comum, que, por sua vez, expressa noções que não são afetadas por mudanças econômicas, sociais e políticas.
Esse fundo caracteriza uma língua e é tão resistente quanto a gramática, porque as noções que ele expressa, de um lado, não são afetadas por mudanças econômicas e sociais, e de outro, porque são de uso geral e coloquial. Esse fundo é o sustentáculo da estrutura de uma língua.
Fazem parte desse fundo comum palavras que designam, por exemplo, as partes do corpo, o mobiliário, os tipos de parentesco, os nomes de animais e de plantas, os fenômenos da natureza, os dias, os meses e as estações do ano. Em geral, grande parte das palavras do fundo léxico do Brasil é de origem latina e, como podemos observar, encontram-se atualmente em franco uso, não sendo substituídas por estrangeirismos.
Da mesma maneira, o léxico de uma língua é composto, também, por palavras de formação vernácula e por empréstimos de outras línguas. Esses empréstimos refletem, por sua vez, a posição de determinada nação em relação às outras, ou seja, as dependências social, política, cultural e, sobretudo, econômica, faz com que as nações dependentes adotem produtos, serviços e modismos das nações dominantes.
Em nossa época, os estrangeirismos existentes na língua portuguesa do Brasil advêm principalmente da língua inglesa, devido à forte presença norte-americana em nossas vidas. Esses anglicismos não fazem parte de nosso fundo lexical comum, pois são empréstimos linguísticos consequentes de determinada situação sócio-econômica vivida pelo Brasil, em determinada situação histórica. Foi assim no século XIX, quando a França era o centro cultural do mundo ocidental: a língua portuguesa, nessa época, viu-se invadida por expressões francesas, quase todas de origem léxica, como dominó, paletó, champagne, bouquet, chance, comitê, troupe, etc. Algumas dessas palavras, ainda hoje, sobrevivem na língua portuguesa do Brasil, tendo sido absorvidas pelo nosso léxico.
Essa influência à distância não é nova. No caso brasileiro, fez-se ao longo de quase dois séculos, pelo peso e prestígio da cultura francesa, e com mais intensidade a partir dos anos 40 do século XX, pelo peso e prestígio da cultura, economia e poderio militar anglo-americano. A difusão e a presença crescente dos meios de comunicação e da chamada "indústria do entretenimento" proporcionam ferramentas de disseminação de matrizes comportamentais (inclusive de comportamentos linguísticos), irradiando da cultura dominante para as culturas periféricas.
Desse modo, o léxico é formado por um fundo comum, que é fixo, por construções vernaculares (derivação, sufixação, parassíntese, composição e prefixação) e por empréstimos de outras línguas, que variam de acordo com o momento social vivido pela nação. O léxico de uma língua é, assim, "um conglomerado de formas provindas de fontes diversas".
Entretanto, da mesma forma que os povos dominados recebem empréstimos linguísticos de nações dominantes, estas, de uma maneira mais amena, também representam, em seu vocabulário, entrangeirismos. Ou seja, ainda que a adoção de empréstimos seja mais relevante em um determinado lado (dos países dominados), o outro lado, isto é, os países dominantes, também têm, no conjunto lexical, no caso do Brasil, pelas suas dimensões territoriais e demográficas. A realidade territorial brasileira exige das culturas dominantes, em determinadas circunstâncias, acomodação linguística, afim de que essas nações possam interagir com o universo brasileiro.
A percepção do conteúdo do léxico nos desautoriza, dessa maneira, a falar em descaracterização, pois os empréstimos linguísticos (e, entre eles, o "tão temível" anglicismo) fazem parte da história e do uso de uma língua.
Por sua vez, o fundo léxico comum, que, juntamente com a gramática formam a base de uma língua, não é afetado pelos estrangeirismos (no caso especial do Brasil, pelos anglicismos). Estes últimos só ocorrem em determinadas "partes mais flexíveis" do nosso vocabulário. Atualmente, podemos citar os meios musical e cinematográfico e, em especial, a Informática, como as fontes mais comuns de anglicismos, dado à intensa influência norte-americana nessas áreas.
Assim torna-se muito difícil a curto e médio prazo evitar o empréstimo linguístico, já que a situação político-econômica mundial faz com que a língua inglesa tenha um maior prestígio em relação às outras línguas. Acrescente-se ainda que os empréstimo, de uma certa maneira, é um dos meios de renovação lexical e, em consequência, pode ser considerado linguisticamente um recurso pertencente ao fenômeno do enriquecimento de uma língua.
A base que sustenta o léxico de uma língua é denominada fundo léxico comum, que, por sua vez, expressa noções que não são afetadas por mudanças econômicas, sociais e políticas.
Esse fundo caracteriza uma língua e é tão resistente quanto a gramática, porque as noções que ele expressa, de um lado, não são afetadas por mudanças econômicas e sociais, e de outro, porque são de uso geral e coloquial. Esse fundo é o sustentáculo da estrutura de uma língua.
Fazem parte desse fundo comum palavras que designam, por exemplo, as partes do corpo, o mobiliário, os tipos de parentesco, os nomes de animais e de plantas, os fenômenos da natureza, os dias, os meses e as estações do ano. Em geral, grande parte das palavras do fundo léxico do Brasil é de origem latina e, como podemos observar, encontram-se atualmente em franco uso, não sendo substituídas por estrangeirismos.
Da mesma maneira, o léxico de uma língua é composto, também, por palavras de formação vernácula e por empréstimos de outras línguas. Esses empréstimos refletem, por sua vez, a posição de determinada nação em relação às outras, ou seja, as dependências social, política, cultural e, sobretudo, econômica, faz com que as nações dependentes adotem produtos, serviços e modismos das nações dominantes.
Em nossa época, os estrangeirismos existentes na língua portuguesa do Brasil advêm principalmente da língua inglesa, devido à forte presença norte-americana em nossas vidas. Esses anglicismos não fazem parte de nosso fundo lexical comum, pois são empréstimos linguísticos consequentes de determinada situação sócio-econômica vivida pelo Brasil, em determinada situação histórica. Foi assim no século XIX, quando a França era o centro cultural do mundo ocidental: a língua portuguesa, nessa época, viu-se invadida por expressões francesas, quase todas de origem léxica, como dominó, paletó, champagne, bouquet, chance, comitê, troupe, etc. Algumas dessas palavras, ainda hoje, sobrevivem na língua portuguesa do Brasil, tendo sido absorvidas pelo nosso léxico.
Essa influência à distância não é nova. No caso brasileiro, fez-se ao longo de quase dois séculos, pelo peso e prestígio da cultura francesa, e com mais intensidade a partir dos anos 40 do século XX, pelo peso e prestígio da cultura, economia e poderio militar anglo-americano. A difusão e a presença crescente dos meios de comunicação e da chamada "indústria do entretenimento" proporcionam ferramentas de disseminação de matrizes comportamentais (inclusive de comportamentos linguísticos), irradiando da cultura dominante para as culturas periféricas.
Desse modo, o léxico é formado por um fundo comum, que é fixo, por construções vernaculares (derivação, sufixação, parassíntese, composição e prefixação) e por empréstimos de outras línguas, que variam de acordo com o momento social vivido pela nação. O léxico de uma língua é, assim, "um conglomerado de formas provindas de fontes diversas".
Entretanto, da mesma forma que os povos dominados recebem empréstimos linguísticos de nações dominantes, estas, de uma maneira mais amena, também representam, em seu vocabulário, entrangeirismos. Ou seja, ainda que a adoção de empréstimos seja mais relevante em um determinado lado (dos países dominados), o outro lado, isto é, os países dominantes, também têm, no conjunto lexical, no caso do Brasil, pelas suas dimensões territoriais e demográficas. A realidade territorial brasileira exige das culturas dominantes, em determinadas circunstâncias, acomodação linguística, afim de que essas nações possam interagir com o universo brasileiro.
A percepção do conteúdo do léxico nos desautoriza, dessa maneira, a falar em descaracterização, pois os empréstimos linguísticos (e, entre eles, o "tão temível" anglicismo) fazem parte da história e do uso de uma língua.
Por sua vez, o fundo léxico comum, que, juntamente com a gramática formam a base de uma língua, não é afetado pelos estrangeirismos (no caso especial do Brasil, pelos anglicismos). Estes últimos só ocorrem em determinadas "partes mais flexíveis" do nosso vocabulário. Atualmente, podemos citar os meios musical e cinematográfico e, em especial, a Informática, como as fontes mais comuns de anglicismos, dado à intensa influência norte-americana nessas áreas.
Assim torna-se muito difícil a curto e médio prazo evitar o empréstimo linguístico, já que a situação político-econômica mundial faz com que a língua inglesa tenha um maior prestígio em relação às outras línguas. Acrescente-se ainda que os empréstimo, de uma certa maneira, é um dos meios de renovação lexical e, em consequência, pode ser considerado linguisticamente um recurso pertencente ao fenômeno do enriquecimento de uma língua.
PRACTICE
1. Identify the foreign terms used in music and give the meaning or how they are used in Brazil (without using the dictionary).
Example: link = texto ou símbolo da internet que nos leva à outra página da web.
2. Make a comparison of each word with real meaning in English, through the dictionary.
Example: link = 1 s. selo, 2 conexão, 3 ligação, unir, "vt encadear, unir.
3. Translate the following names of films into Portuguese and identify what the title was adopted for them here in Brazil:
a) Ghost
b) Sweetest Thing
c) The Tuxedo
d) Scream
e) The Godfather
f) The Graduate
g) Airplane
h) Analyze This
i) Hoodwinked
4. That done, find at least five films whose English name was not translated into Portuguese with the literal sense, doing the same as the previous year.
Example: link = texto ou símbolo da internet que nos leva à outra página da web.
2. Make a comparison of each word with real meaning in English, through the dictionary.
Example: link = 1 s. selo, 2 conexão, 3 ligação, unir, "vt encadear, unir.
3. Translate the following names of films into Portuguese and identify what the title was adopted for them here in Brazil:
a) Ghost
b) Sweetest Thing
c) The Tuxedo
d) Scream
e) The Godfather
f) The Graduate
g) Airplane
h) Analyze This
i) Hoodwinked
4. That done, find at least five films whose English name was not translated into Portuguese with the literal sense, doing the same as the previous year.